sábado, 30 de março de 2013

Pai querido


Pai querido,

Hoje faz um ano que você se foi.  Abri os olhos e meu coração doía, apertado. Então eu fiz as minhas orações,  te enviei luz e luz e luz e conversei com você. Te disse que enviava a Nossa Senhora e as rosas, te pedi desculpas por ser no sábado e não na sexta.  Eu não sei se você sabe, mas eu estou certa de que a vida continua depois que conhecemos a morte. Você vive em mim e em todos que te amam. Não existe morte, existe o nascimento para outro tipo de vida. Por isto plasmei para você Nossa Senhora e te envio agora enquanto escrevo esta carta. Pai sinto saudades de você, de jogar caixeta, colocar complexo, do rancho, do ¨ó soliiiii¨às seis da manha, do bis e da coca-cola que comprava para mim quando eu ia chegar. Os brincos que me deu estão aqui comigo na Espanha e quando quero me sentir protegida eu os uso. Nem deve lembrar qual é né pai? Você esqueceu quando estava aqui e não sei se já começou a se lembrar das coisas.  Bom, é seu primeiro aniversário aí onde está e merece também que eu plasme um jornal. O Estadão, o que você mais gostava e lia todos os dias. Gibi TEX. Um baralhinho pra jogar paciência. Um terreno de terra para você plantar e todas as sementes e mudas que escolher.  

Te envio  amor, alegria e fé. 

Te amo pai!

Sinto muito, Me perdoe, Te amo. Sou grata.

Para você o meu sorriso.

Keli